Se você mora de aluguel ou tem um imóvel pra alugar, já deve ter ouvido falar em despejo. Mas entender exatamente como funciona o processo pode evitar dor de cabeça. Vamos explicar de forma simples e direta, sem juridiquês, para que você saiba quais são os seus direitos e os passos que podem impedir que um contrato se torne um litígio.
Primeiro, o proprietário precisa ter um motivo legal: atraso no pagamento, quebra de contrato, necessidade de uso próprio, entre outros. Ele envia uma notificação ao inquilino, que costuma ter até 30 dias para regularizar a situação. Se nada mudar, o próximo passo é entrar com a ação na Justiça.
A ação de despejo segue um rito rápido, conhecido como “despejo imediato”, quando o motivo é falta de pagamento. O juiz costuma conceder prazo de 15 dias para desocupar o imóvel, mas o inquilino pode apresentar defesa e, em alguns casos, conseguir um prazo maior.
Vale lembrar que, mesmo depois da sentença, o proprietário não pode colocar a força pública na porta sem ordem judicial. Qualquer tentativa de retaliação pode virar contra ele.
1. Pagamentos em dia: parece óbvio, mas organizar as finanças e usar débito automático evita esquecimentos. Se o pagamento atrasar, avise o locador antes que a dívida cresça.
2. Comunicação clara: converse sempre que houver algum problema no imóvel (vazamento, reparos). Um acordo amigável costuma ser mais rápido e barato que a justiça.
3. Revisão do contrato: ao assinar, verifique cláusulas que podem gerar conflito, como multas, taxa de condomínio e regras de uso. Se algo estiver muito rígido, tente renegociar.
4. Documentação organizada: guarde comprovantes de pagamento, mensagens e e‑mails trocados com o proprietário. Eles servem como prova caso a disputa chegue ao tribunal.
5. Assistência jurídica: se o risco de despejo aumentar, procure a defensoria pública ou um advogado especializado em direito imobiliário. Muitas vezes, uma simples orientação evita que o caso vá a julgamento.
Além das dicas, fique de olho nas leis estaduais e federais que protegem o inquilino. Por exemplo, a Lei do Inquilinato (Lei 8.245/91) permite algumas exceções, como a suspensão de despejo em casos de calamidade pública ou pandemia.
Se o proprietário já iniciou a ação, não deixe de comparecer à audiência. Ausência pode ser interpretada como aceitação da ordem de desocupação.
Em última análise, a melhor estratégia é manter um relacionamento respeitoso e transparente. Quando ambas as partes entendem que “locar” não é apenas um negócio, mas um acordo de convivência, o risco de despejo diminui bastante.
Portanto, se você está enfrentando um risco de despejo ou quer prevenir um futuro conflito, siga essas recomendações, busque informação e não hesite em procurar ajuda profissional. Assim, você protege seu lar e evita processos longos e custosos.
O ator Mário Gomes, conhecido por seus papéis em novelas dos anos 70 e 80, enfrenta despejo de sua mansão no Joá, Rio de Janeiro, devido a dívidas trabalhistas. Gomes protestou pintando 'não vou sair' na parede de sua residência. A propriedade foi leiloada por R$ 720 mil para quitar dívidas. Ele busca apoio de políticos e está concorrendo para vereador pelo partido Republicanos.
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