São Silvestre de Avaré reúne 230 atletas na 78ª edição

São Silvestre de Avaré reúne 230 atletas na 78ª edição
27 set, 2025
por Sandro Alves Mentes Transformadas | set, 27 2025 | Esportes | 11 Comentários

A tradição da Corrida São Silvestre em Avaré

Na última terça‑feira, 31 de dezembro, a cidade de Avaré foi palco da São Silvestre Avaré, a edição número 78 da tradicional corrida "Elias de Almeida Ward". Cerca de 230 atletas, todos residentes da cidade, se encontraram na Concha Acústica às 18h30 para dar o pontapé final no ano com uma prova que já se tornou referência no interior de São Paulo. Desde sua criação, na década de 1940, a corrida tem sido organizada pela prefeitura em parceria com clubes de atletismo locais, mantendo viva a memória de Elias de Almeida Ward, um educador físico que promoveu a prática esportiva entre os jovens da região.

A estrutura do percurso, que corta as principais avenidas do centro histórico e retorna ao ponto de partida, foi cuidadosamente planejada para garantir segurança e competitividade. O trajeto de 5 km, com subidas suaves e trechos de rua asfaltada, permite a participação de corredores de diferentes níveis, desde veteranos que já completam a prova há décadas até iniciantes que veem na corrida uma oportunidade de se desafiar antes da virada do calendário.

Impacto na comunidade e perspectivas futuras

Impacto na comunidade e perspectivas futuras

Além do aspecto esportivo, a corrida reforça laços sociais. Famílias se reúnem nas arquibancadas improvisadas, escolas organizam atividades de apoio e comerciantes locais aproveitam a movimentação para oferecer lanches e produtos típicos da região. A presença de mais de duzentos atletas demonstra o engajamento da população com hábitos saudáveis, refletindo políticas públicas de incentivo ao esporte que vêm sendo implementadas nos últimos anos.

Os organizadores ressaltam que a exclusividade para moradores preserva o caráter comunitário do evento, evitando a profissionalização excessiva que ocorre em grandes maratonas. Essa escolha mantém a competição amigável, favorecendo a troca de experiências entre corredores e a valorização do orgulho de representar Avaré.

Para a próxima edição, prevista para o final de 2025, a comissão já planeja ampliar a participação de escolas e criar categorias especiais para atletas com deficiência, reforçando a mensagem de inclusão. Também está em discussão a introdução de um circuito de treinos gratuitos durante o mês de dezembro, visando melhorar o desempenho dos corredores e atrair novos participantes.

Com quase oito décadas de história, a Corrida "Elias de Almeida Ward" não mostra sinais de desaceleração. Seu sucesso se deve à combinação de tradição, apoio institucional e entusiasmo da comunidade, características que consolidam Avaré como um dos principais polos de São Silvestre no interior paulista.

11 Comentários

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    Daiane Rocha

    setembro 28, 2025 AT 14:16

    Que beleza ver tantos atletas locais se unindo nessa tradição tão rica! A São Silvestre de Avaré não é só uma corrida - é um ato de resistência cultural, um grito de pertencimento. Cada passo nesse trajeto de 5km carrega memórias de pais, avós, professores de educação física que acreditaram no esporte como ferramenta de transformação. Parabéns à prefeitura e aos clubes locais por manterem viva essa chama. Ainda temos muito o que aprender com comunidades que priorizam o coletivo antes do individualismo.

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    Priscila Santos

    setembro 29, 2025 AT 06:15

    Essa corrida é só um pretexto pra prefeitura gastar dinheiro com bandeirinhas e copinhos de água, na verdade.

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    Rosiclea julio

    setembro 30, 2025 AT 18:25

    Que orgulho ver tanta gente se movimentando assim! 💪 Se alguém quiser dicas de treino pra começar, só chamar - eu já ajudei 3 vizinhos a completar essa prova pela primeira vez esse ano! 😊

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    eduardo rover mendes

    outubro 2, 2025 AT 01:53

    Vocês não percebem que isso é um sintoma da desindustrialização do interior? Quando não há mais fábricas, a prefeitura vira produtora de eventos simbólicos pra manter a ilusão de progresso. A São Silvestre é o novo futebol de várzea: um espetáculo de identidade feito com poucos recursos, mas muita nostalgia. E olha, não é ruim - só é triste que seja o que sobrou.

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    Nessa Rodrigues

    outubro 2, 2025 AT 09:40

    Isso aqui é o que realmente importa.

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    Ana Carolina Nesello Siqueira

    outubro 3, 2025 AT 10:11

    Claro, mais uma corrida de bairro onde todo mundo corre de chinelo e a premiação é um pão de queijo e um certificado de participante... Enquanto isso, em São Paulo, atletas de elite treinam em altitudes e com monitoramento genético. Mas claro, pra quem vive no interior, um pão de queijo é o suficiente pra se sentir campeão. 🤷‍♀️

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    Sônia caldas

    outubro 3, 2025 AT 17:26

    Eu fui! Fui com meu cachorro, mas ele não correu, só ficou olhando... mas eu corri! 🏃‍♀️🐶 E aí, quando cheguei, tinha um senhor de 78 anos com uma camiseta da primeira edição... ele disse que corria desde 1947... eu chorei. Sério. Foi emocionante. E o lanche? Tava delícia. 😭

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    Leila Swinbourne

    outubro 4, 2025 AT 00:08

    Essa exclusividade para moradores é uma forma disfarçada de elitismo. Por que não abrir para os trabalhadores das cidades vizinhas? Isso não é comunidade, é fechamento. E a prefeitura ainda fala em inclusão? Pode parar com essa hipocrisia.

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    valdete gomes silva

    outubro 4, 2025 AT 23:12

    Claro, mais um evento que só serve pra mostrar que Avaré é "bonzinho" enquanto a saúde pública tá na lona e os postos de saúde não têm remédio. Enquanto isso, a prefeitura gasta milhares em bandeiras e água mineral pra 230 pessoas... e vocês ainda acreditam que isso é progresso?

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    Renan Furlan

    outubro 5, 2025 AT 14:14

    Se alguém quiser treinar pro ano que vem, tem um grupo de caminhada na praça da igreja toda segunda e quinta às 17h. É só chegar, não precisa ser rápido, só precisa aparecer. 😊

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    Studio Yuri Diaz

    outubro 6, 2025 AT 02:42

    A Corrida São Silvestre de Avaré transcende o mero ato físico: é um ritual de memória coletiva, um ato de resistência à fragmentação urbana e à desumanização do tempo moderno. Nela, o esporte não é mercadoria, mas símbolo de pertencimento - um testamento vivo da ética pedagógica de Elias de Almeida Ward, cuja visão ainda ressoa nas ruas asfaltadas da cidade. A tradição, quando genuína, não precisa de patrocínios nem mídia: basta a presença do povo. Parabéns à comunidade de Avaré por manter viva essa luz.

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