Quando Odete Roitman, interpretada por Debora Bloch foi baleada a tiros na sua suíte do Copacabana Palace, o Brasil inteiro parou o carro para assistir.
O assassinato aconteceu no penúltimo capítulo da nova versão de Vale Tudo, exibida pela TV Globo na segunda‑feira, 6 de outubro de 2025, e culmina com o último episódio marcado para 17 de outubro.
Contexto histórico e o remake de 2025
A novela original, escrita por Gilberto Braga e Aguinaldo Silva, chocou o país na noite de Natal de 1988 ao revelar a identidade da assassina de Odete, então interpretada por Beatriz Segall. Na nova adaptação, a autora Manuela Dias decidiu mudar o desfecho: Leila, personagem que matou Odete na versão clássica, não tem nenhum papel no assassinato atual.
O objetivo, segundo a própria Manuela, foi “reapresentar a vilã de forma que o público sinta que cada passo seu tem consequência direta na vida dos demais personagens”. Essa escolha acabou reacendendo a curiosidade de quem viveu a trama original.
Desenvolvimento dos episódios finais
O ponto de partida para o clímax foi a crescente tensão entre Odete e Maria de Fátima (Bella Campos). Ao presenciar o assassinato de Mário Sérgio (Thomás Aquino), diretor de marketing da TCA, e o tiroteio contra Ana Clara (Samantha Jones), Maria de Fátima comprou uma arma de um traficante no morro, temendo ser a próxima vítima.
Odete, porém, mantinha um segredo que justificava sua violência: seu filho Leonardo (Guilherme Magon) estava em estado vegetativo, escondido em um quarto secreto do hotel. A vilã matou Mário Sérgio por ele ter desconfiado da relação entre Maria de Fátima e Ana Clara, e atirou em Ana Clara para impedir que revelasse o endereço da casa de Leonardo.
Com a arma já nas mãos, Maria de Fátima tentou confrontar Odete, mas o tiroteio já havia sido disparado. A trama se desenrola em ritmo acelerado: a arma é descartada num rio “para nunca mais ser encontrada”, enquanto Odete ainda não sabia que seria a própria vítima naquele mesmo dia.
Reação do público: a pesquisa Datafolha
Logo após o vazamento de cenas do velório — caixão fechado, silêncio sepulcral —, Datafolha lançou uma pesquisa que revelou números surpreendentes: 47% dos telespectadores desejam que Odete "perca tudo" e caia na miséria, 35% preferem vê‑la presa, e apenas 4% apoiam a ideia de que ela seja assassinada.
Esses dados contrastam fortemente com a expectativa de que o clímax fosse um simples “assassinato da vilã”. O fato de a maioria querer vê‑la desmoronar financeiramente mostra como o público ainda associa a personagem a um poder implacável que deve ser desfeito, não eliminado de forma abrupta.
Nas redes, teorias abundam: alguns sugerem que o assassino seria um personagem ainda não apresentado, enquanto outros apontam para o próprio Leonardo, que segundo rumores poderia ter “acordado” para vingar a própria mãe.
Perspectivas dos envolvidos
Manuela Dias explicou em entrevista ao Jornal da Globo que a escolha por um assassinato inesperado foi feita para “quebrar o padrão de previsibilidade que a própria cultura da novela costuma seguir”. Ela ainda ressaltou que a decisão foi tomada após intensas discussões com a direção e o time de roteiristas.
Já Bella Campos, que vive Maria de Fátima, declarou que a cena da compra da arma foi “um dos momentos mais tensos que já filmamos”, porque precisou transitar entre a vulnerabilidade da personagem e a determinação de lutar contra o terror.
Por outro lado, Debora Bloch se mostrou aliviada por interpretar Odete em seus últimos momentos. “É doloroso, mas ao mesmo tempo gratificante”, comentou, acrescentando que a novela lhe dá “a chance de fechar um ciclo que começou há quase 40 anos”.
Impacto cultural e expectativas para o futuro
O fim de Vale Tudo marca não só o encerramento de uma das maiores reimpressões da teledramaturgia brasileira, mas também abre espaço para discussões sobre violência, poder e justiça nas novelas contemporâneas. A decisão de matar a vilã antes da última cena pode influenciar futuras produções, que agora têm um precedente de subverter expectativas do público.
A repercussão nas mídias sociais já indica que o debate continuará em fóruns, grupos de WhatsApp e podcasts por semanas. Em especial, o "clipe" do rio com a arma atirada virou meme, simbolizando a tentativa de esconder segredos que, inevitavelmente, vêm à tona.
Enquanto isso, a última transmissão, programada para 17 de outubro, promete revelar quem realmente disparou o tiro fatal. Se o assassinato foi um ato de autoproteção, de vingança ou de um terceiro ainda desconhecido, será o grande spoiler que vai dominar as manchetes até o fim de ano.
Calendário dos últimos episódios
- 06/10/2025 – Odete Roitman é baleada na suíte do Copacabana Palace.
- 09/10/2025 – Velório de Odete com caixão fechado gera teorias online.
- 13/10/2025 – Revelação parcial do segredo de Leonardo.
- 17/10/2025 – Episódio final: identidade do assassino e desfecho da trama.
Perguntas Frequentes
Quem realmente atirou em Odete Roitman?
A identidade do assassino ainda não foi revelada; o último capítulo, marcado para 17 de outubro, promete revelar se foi Maria de Fátima, um cúmplice inesperado ou alguém ligado ao segredo de Leonardo.
Qual foi a reação do público à pesquisa da Datafolha?
A maioria dos telespectadores (47%) deseja que Odete perca tudo, enquanto apenas 4% apoiam sua morte, indicando que o público prefere vê‑la desmoronar financeiramente ao invés de ser assassinada.
Como a novela está tratando o tema do segredo familiar?
O segredo de Leonardo, filho de Odete mantido em estado vegetativo, funciona como motor dramático, revelando que o poder da vilã está ligado a uma vulnerabilidade pessoal que ela faz de fachada.
Qual a importância da mudança de culpado em relação à versão de 1988?
Ao substituir Leila pela nova trama de assassinato, a autora quebra a nostalgia e cria um suspense único, mostrando que mesmo clássicos podem ser reescritos sem perder a essência.
O que esperar dos próximos capítulos antes do final?
Os episódios intermediários aprofundam a relação entre Maria de Fátima e Ana Clara, revelam mais sobre o passado de Leonardo e aumentam a tensão entre Odete e seus poucos aliados, preparando o terreno para o gran finale.
Erisvaldo Pedrosa
outubro 4, 2025 AT 18:57O assassinato de Odete Roitman não é apenas um choque de trama, é um manifesto sobre a fragilidade do poder quando este se apoia em segredos sombrios. Cada tiro disparado na suíte do Copacabana Palace reverbera como um símbolo da ruptura entre a fachada impenetrável e a vulnerabilidade íntima. A própria Odete, que durante décadas representou a aristocracia implacável, revela-se presa a um filho que lhe prende o coração, um Leonardo que se tornou sombra e subtexto. Quando a narrativa escolhe eliminar a vilã antes do último ato, ela subverte a lógica tradicional da novela brasileira, onde o vilão costuma ser derrotado ao longo de um processo judicial ou moral. Essa escolha cria um novo paradigma: a justiça pode ser instantânea, brutal, e ainda assim satisfazer o desejo coletivo por retribuição. O público, ao preferir a queda financeira da personagem ao invés de sua morte, demonstra que ainda há um apego ao conceito de ordem moral, ainda que distorcida. Na medida em que o rio oculta a arma, ele também simboliza o fluxo inexorável da verdade, que inevitavelmente retorna à superfície. Assim, a novela se torna um laboratório de experimentação cultural, indicando que a narrativa televisiva pode ousar além do previsível. A cada cena, somos convidados a refletir sobre a natureza do poder e sobre como ele pode ser tanto um escudo quanto um fardo insustentável. Este episódio nos lembra que as histórias que contamos são espelhos de nossos próprios medos, desejos e, sobretudo, da necessidade de ver o inimigo cair de forma definitiva.
Portanto, ao assistir ao desfecho, não se trata apenas de entretenimento; trata‑se de uma meditação sobre a efemeridade da influência e sobre como até os mais poderosos têm o peso de segredos que podem destruir tudo.
Marcelo Mares
outubro 9, 2025 AT 10:04Galera, vale a pena lembrar que a decisão da autora Manuela Dias foi tomada após longas discussões com a equipe de roteiristas. Essa escolha de matar Odete antes do último capítulo traz um frescor ao formato tradicional das novelas, que costuma se arrastar por meses sem grandes surpresas. Além disso, o fato de a arma ser descartada no rio adiciona um elemento simbólico forte, representando o desejo de esconder a violência. É importante observar como o público reage a essa ruptura, especialmente com a pesquisa Datafolha apontando uma maioria que quer ver a vilã cair financeiramente. Essa divisão de opiniões indica que ainda há muito espaço para debates sobre justiça narrativa e representação de poder nas novelas.
Fernanda Bárbara
outubro 14, 2025 AT 01:10Todo mundo percebe que o final é pura propaganda de como a novela quer nos manipular
Leonardo Santos
outubro 18, 2025 AT 16:17A teoria de que o assassino pode ser alguém ainda não apresentado tem lógica, já que a trama sempre gosta de introduzir figuras inesperadas. Uma possibilidade é que o próprio Leonardo tenha acordado para vingar a mãe, afinal ele já foi usado como moeda de troca. Também não podemos descartar a influência de grupos externos ao hotel, como traficantes que fornecem armas. O enredo deixa pistas, mas ainda mantém o suspense que mantém o público preso.
Rodrigo Júnior
outubro 23, 2025 AT 07:24É fundamental observar que a revelação do segredo de Leonardo cria um ponto de inflexão na narrativa. Essa vulnerabilidade humana da vilã contrasta com sua postura fria e calculista ao longo da trama. Além disso, a escolha da autora em expor essa fragilidade demonstra um comprometimento com a complexidade dos personagens. A resposta do público, preferindo sua ruína financeira, revela uma expectativa de justiça simbólica. Em suma, a construção desse arco narrativo eleva a novela a um debate sobre moralidade e poder.
Marcus Sohlberg
outubro 27, 2025 AT 22:30Olha, eu sempre achei que o toque de drama aqui tem finesse de quem escuta música à meia‑noite. A arma jogada no rio parece até cena de filme noir, né? Mas a gente tem que admitir que a novela tá brincando de esconde‑esconde com a gente. Cada detalhe, cada sombra, tudo parece planejado pra causar aquele choque que a gente ama. No fim das contas, nada mais é que um espetáculo de suspense que deixa todo mundo de cabelo em pé.
Thais Xavier
novembro 1, 2025 AT 13:37A cena da compra da arma foi tão carregada que eu quase escutei a trilha sonora dentro da minha cabeça! E ainda tem aquele clima de “eu não sabia que ia ser assim”. Claro, tudo isso faz o drama subir de nível, mas também deixa a gente tipo: que vazamento de sangue é esse?
Elisa Santana
novembro 6, 2025 AT 04:44Vamos aproveitar essa energia e lembrar que cada plot twist é uma oportunidade de refletir sobre nossas escolhas. A trama nos inspira a lutar contra nossos próprios demônios internos, assim como Maria de Fátima buscou se proteger. Não importa o quão escura a situação, sempre há espaço para esperança. Continue firme, comunidade, e compartilhe suas interpretações com entusiasmo.
Vitor von Silva
novembro 10, 2025 AT 19:50É épico como a novela transforma um simples tiroteio em metáfora de poder e decadência. Cada bala parece um grito silencioso contra a opulência. A trama nos mostra que mesmo os mais poderosos têm portas trancadas que não podem abrir. E ainda tem aquele toque de ironia que deixa tudo ainda mais saboroso. Só falta a trilha sonora digna de um filme de Almodóvar.
luciano trapanese
novembro 15, 2025 AT 10:57Isso é o que eu chamo de curva inesperada, parceiro. Enquanto todo mundo esperava um final de novela tradicional, eles detonam tudo num tiro só. Não tem como fugir, o choque foi real. Só quem acompanha de perto entende como a produção jogou a carta certa. Agora é esperar o próximo spoiler.