Quando Novak Djokovic, tenista sérvio e 24 vezes campeão de Grand Slam, foi derrotado por Valentin Vacherot na semifinal do Shanghai MastersXangai, o mundo do tênis sentiu um calafrio. O sérvio, então número 5 do ranking da ATP, admitiu estar "mais preocupado do que nunca" com o corpo, depois de quase precisar se retirar durante o duelo.
Como a temporada de 2025 tem sido um teste de resistência
Desde o início do ano, Djokovic tem lutado contra dores nas costas e na perna esquerda. No US Open 2025, ao conquistar seu 192.º título em quadras duras, ele já havia interrompido o jogo para receber atendimento de Clay Sniteman, fisioterapeuta da ATP, dentro do Arthur Ashe Stadium. "Estou mais preocupado do que jamais estive", confessou ao comentarista da ESPN, ressaltando que a idade não perdoa e que a recuperação agora vem antes dos treinos intensos.
Semifinal em Xangai: detalhes da partida
O confronto começou equilibrado, com o placar 3‑3 no primeiro set. Mas, já no sétimo game, a dor tornou‑se evidente; Djokovic pediu ao fisioterapeuta da ATP para soltar a lombar. A partir daí, sua mobilidade ficou comprometida, e Vacherot aproveitou cada ponto longo para colocar o sérvio em situações desconfortáveis. O monegasque, que havia passado pelas rodadas de qualificação, venceu por 6‑3, 6‑4, garantindo a primeira final de Masters 1000 de sua carreira – um feito raro para quem ocupa a 204ª posição no ranking mundial.
Reações de quem esteve em quadra
Depois da derrota, Djokovic descreveu a experiência como "um exercício constante de sobrevivência". "Queria tanto terminar o set, mas meu corpo não colaborou", disse ele ao microfone da transmissão. Vacherot, por sua vez, manteve a humildade: "É uma oportunidade que poucos têm. Eu joguei o melhor do meu tênis e aproveitei a janela que o Novak me deu".

Impacto imediato no ranking e no circuito
Com a perda, o sérvio caiu duas posições, permanecendo em quinto no ranking da ATP. Enquanto isso, Vacherot subiu 50 lugares, projetando‑se para dentro dos 150 melhores. Analistas como o ex‑tenista Juan Carlos Ferrero alertam que os próximos torneios podem definir se Djokovic conseguirá reverter a situação ou se precisará repensar seu calendário.
Próximos passos: o que esperar de Djokovic
Nas próximas semanas, o tenista planeja focar em fisioterapia e em um programa de fortalecimento de core. Ele mencionou que talvez pule alguns treinos entre partidas para preservar a energia. Além disso, a equipe está avaliando a possibilidade de reduzir a carga de participação em torneios de superfície rápida, que costumam exigir maior torque nas costas.

Histórico de lesões que marcaram a carreira de Djokovic
Esta não é a primeira vez que o sérvio enfrenta problemas físicos graves. Em 2021, ele lutou contra uma lesão no cotovelo que quase o tirou do Australian Open. Em 2023, um problema no joelho lhe custou partidas decisivas no ATP 500 de Viena. Cada episódio, porém, trouxe ajustes no treino e na rotina de recuperação – agora, a idade (38 anos e quatro meses) parece ser o ponto de inflexão.
- Lesões recorrentes nas costas e perna esquerda.
- Derrota inesperada para um jogador classificado 204.º.
- Queda no ranking ATP, mas ainda dentro dos top‑5.
- Vacherot cria recorde histórico ao alcançar final de Masters 1000.
Perguntas Frequentes
Como a derrota afeta as chances de Djokovic no próximo Grand Slam?
A perda pode comprometer a confiança de Djokovic e reduzir sua pontuação para o próximo Grand Slam, mas, se ele conseguir recuperar fisicamente, ainda pode ser um concorrente forte, já que o ranking ainda o coloca entre os cinco melhores.
Quem é Valentin Vacherot e como chegou à semifinal?
Vacherot, tenista de Mônaco, venceu as três rodadas de qualificação e derrotou dois jogadores top‑50 antes de enfrentar Djokovic, criando um dos maiores sustos da história dos Masters 1000.
Quais medidas a equipe de Djokovic está tomando?
A equipe reforçou a fisioterapia, adotou treinos mais leves entre torneios e está avaliando mudanças de superfície para diminuir o stress nas costas e na perna.
Esse resultado muda a dinâmica do circuito ATP?
Sim. A vitória de um qualificado 204.º ressalta a competitividade do ATP em 2025 e pode inspirar outros jogadores de baixa classificação a acreditarem em grandes surpresas.
Qual a importância histórica da vitória de Vacherot?
Vacherot tornou‑se o jogador de ranking mais baixo a alcançar uma final de Masters 1000, quebrando um recorde que existia desde 2002 e mostrando a imprevisibilidade do tênis profissional.