Flamengo passa por cima do Franca e chega à final da BCLA contra Boca Juniors
No sábado, 20 de abril de 2025, quem estava no Maracanãzinho sentiu a pressão e vibração de um Flamengo decidido a escrever mais um capítulo dourado no basquete. O time carioca enfrentou o Franca de forma avassaladora, praticamente matando o confronto já no primeiro quarto ao abrir 30 a 13 no placar. Franca, atual campeão nacional, nem teve tempo de respirar: viu o rubro-negro encaixar jogadas eficientes, rápido nos contra-ataques e certeiro nos arremessos.
Ninguém queria perder — mas, do outro lado, o Flamengo parecia jogar em casa até no psicológico. O ginásio lotado empurrou a equipe em cada bola disputada. Alexey Borges foi fatal: anotou 18 pontos e foi impossível de marcar. Já Martin Cuello dominou os rebotes, garantindo 11 ao todo e sufocando qualquer tentativa de reação do Franca. Os números não mentem: Flamengo terminou a partida com 48% de aproveitamento nos arremessos, enquanto o adversário ficou em 38%. E com esse ritmo, não tinha muito mistério: vitória clara dos cariocas.
Boca Juniors: revanche na grande final e números históricos
Esse resultado colocou o Flamengo mais uma vez em uma final internacional, agora contra o Boca Juniors, da Argentina. A expectativa era enorme, principalmente pela lembrança ainda fresca do revés sofrido na fase de grupos — em fevereiro, os argentinos venceram por 92-71, com uma atuação espetacular de Santiago Scala, que fez 25 pontos naquela noite.
Dessa vez, no entanto, Flamengo chegou preparado e não quis saber de surpresas. O time mostrou maturidade ao segurar o Boca durante as trocas de cestas no meio do jogo — os argentinos marcaram 16 pontos tanto no segundo quanto no terceiro quarto, mas não conseguiram cortar a diferença imposta no começo. E quando parecia que o ritmo ia cair, o rubro-negro sempre encontrava uma jogada coletiva para fugir do sufoco e liquidar a partida.
O duelo também reacendeu uma rivalidade antiga: desde 2010, Flamengo e Boca Juniors já haviam se enfrentado dez vezes, com sete vitórias brasileiras contra três dos argentinos. A BCLA 2025 marca não só mais um troféu internacional para a galeria rubro-negra (o segundo na competição, repetindo o feito de 2021), mas também reforça o peso que o clube vem conquistando no basquete das Américas.
Para o torcedor, ficar no ginásio vendo o time levantar a taça é aquela lembrança que não vai embora tão cedo. Afinal, vencer o Franca com autoridade e ainda superar o Boca Juniors na final entrega tudo o que a torcida pede: raça, história e mais um troféu para chamar de seu.