Você já ouviu alguém falar que "estrangeiro não tem o direito de estar aqui"? Esse discurso é xenofobia – preconceito contra quem vem de fora ou tem origem diferente. No Brasil, onde a gente sempre recebeu gente de todos os cantos, ainda aparecem situações que machucam quem chega aqui buscando um futuro melhor.
A xenofobia não é só um palavrão de rua. Ela aparece em piadas, nas redes sociais, nas manchetes de jornais e, às vezes, até nas políticas públicas. Quando alguém é excluído, xingado ou tem oportunidades negadas por causa da sua nacionalidade ou cultura, está sofrendo xenofobia. No último ano, alguns casos ganharam destaque: protestos contra imigrantes venezuelanos em cidades do Nordeste, discursos de políticos que sugerem fechar fronteiras e até entrevistas de celebridades que reforçam estereótipos.
Legalmente, a Constituição Federal protege todo mundo que vive no país, independentemente da origem. A Lei de Imigração (Lei nº 13.445/2017) garante direitos básicos, como trabalho, saúde e educação. Mas a prática vai muito além da lei; ela depende da atitude de cada um.
Primeiro passo: ouvir. Quando alguém conta um episódio de xenofobia, não minimize. Dê espaço para a pessoa explicar o que sentiu e mostre que você se importa. Muitas vezes, quem sofre precisa apenas de apoio para não se sentir isolado.
Segundo, questione frases prontas. Se um amigo soltar um comentário como "eles só vêm pra roubar empregos", pergunte de onde vem essa informação e ofereça dados reais. No Brasil, imigrantes ocupam setores que muitas vezes não são preenchidos por trabalhadores locais, como agricultura familiar e serviços de saúde.
Terceiro, compartilhe histórias positivas. Redes sociais são potência de espalhar notícias, então dê destaque a iniciativas de imigrantes que ajudaram a comunidade: restaurantes, projetos culturais ou trabalhos voluntários. Mostrar o lado humano cria empatia.
Quarto, denuncie. Caso presencie agressão verbal ou física, procure a polícia ou órgãos como a Defensoria Pública. Em muitas cidades, há centros de apoio ao migrante que ajudam a registrar a ocorrência e orientam sobre direitos.
Finalmente, eduque. Escolas, empresas e grupos de bairro podem organizar palestras rápidas sobre diversidade cultural. Quando as pessoas entendem que diferenças são fonte de riqueza, o preconceito perde força.
A xenofobia é um problema que afeta todos, mesmo quem não é alvo direto. Ao atuar de forma consciente, você ajuda a construir um Brasil mais justo e aberto. Quer mudar a realidade? Comece hoje, conversando, questionando e apoiando quem precisa. Cada atitude conta.
O técnico do Palmeiras, Abel Ferreira, pediu desculpas publicamente à comunidade indígena por comentários xenofóbicos feitos durante uma entrevista coletiva. Em um comunicado nas redes sociais, Ferreira reconheceu seu erro e expressou arrependimento pelo dano causado por suas palavras. As ações de Ferreira geraram um amplo debate sobre a necessidade de maior sensibilidade cultural e respeito às comunidades indígenas no Brasil.
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