Se você gosta de futebol, provavelmente já ouviu o nome Garrincha. Mas poucos sabem que, por trás do apelido, existe o verdadeiro "Mané Garrincha", um cara que virou mito por transformar dribles em arte. Vamos conversar sobre a vida dele, como surgiu a fama e por que ainda fala alto nos debates de futebol.
Mané nasceu em 1933, num bairro simples de Rio de Janeiro. Desde pequeno, já jogava com amigos nas ruas de terra, usando duas bolas de meia como chuteiras improvisadas. Foi na escolinha de bairro que ele chamou atenção: a velocidade de um guepardo e o jeito de mudar de direção como se fosse mágica.
Um treinador local, ao vê‑lo cruzar a linha de fundo três vezes seguidas, decidiu levá‑lo para o Botafogo. Lá, o garoto passou a treinar ao lado de grandes nomes e, apesar de algumas lesões, evoluiu rápido. Seu drible "caneta" ficou famoso porque, ao passar a bola entre as pernas do adversário, o atacante parecia estar brincando de esconde‑esconde.
Mané Garrincha fez história na Seleção Brasileira, vencendo duas Copas do Mundo (1958 e 1962). Em 1958, nas semifinais contra a França, ele marcou um gol de placa que ainda aparece nos vídeos de tops de dribles. Em 1962, logo na estreia, foi eleito o melhor jogador da partida contra a Tchecoslováquia, mostrando que não era só velocidade, mas também visão de jogo.
Um fato curioso: Mané nunca acertou um pênalti em toda a carreira. Isso virou piada entre os colegas, mas também mostra que ele preferia criar oportunidades do que ser o responsável por cobranças definitivas. Seu amor por música também ficou conhecido – ele adorava tocar violão nas noites de descanso, e alguns companheiros dizem que ele compôs pequenas melódias enquanto corria pelos gramados.
Depois de pendurar as chuteiras, Mané enfrentou problemas de saúde e acabou se mudando para uma pequena fazenda em Brasília, onde ajudava crianças a jogar futebol nas escolas locais. Mesmo longe dos estádios, sua mensagem de alegria e improvisação continuou viva.
Hoje, o nome "Mané Garrincha" ainda aparece em memes, quadras de treino e até nas camisetas de times amadores. Ele simboliza o improviso, a criatividade e a capacidade de transformar um momento difícil em espetáculo.
Se você quer entender por que o futebol brasileiro tem um jeito tão único, basta observar o legado de Mané. Ele nos ensinou que driblar não é só vencer o adversário, mas encantar a torcida. E, em cada partida, quando um atacante faz um drible inesperado, é o espírito de Mané Garrincha que está de volta ao campo.
Então, da próxima vez que você assistir a um jogo, lembre‑se: o que parece um simples drible pode ser a herança de um cara que, com duas bolas de meia, decidiu mudar o futebol para sempre.
Na próxima terça-feira, 16 de julho de 2024, Atlético-MG enfrenta o Juventude no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. Este jogo é válido pela 17ª rodada do Campeonato Brasileiro. A partida promete fortes emoções e é essencial para as pretensões de ambos os times na competição.
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