Quando falamos de demência por corpos de Lewy, uma condição neurodegenerativa marcada pela presença de depósitos de proteína alfa‑sinucleína no cérebro. Também conhecida como Doença de Lewy, ela mistura sintomas cognitivos típicos da demência com sinais motores da doença de Parkinson.
A demência, declínio progressivo das funções mentais como memória, atenção e linguagem pode ter várias origens. Na forma de Lewy, o declínio cognitivo aparece junto com alucinações visuais recorrentes e variações bruscas de alerta, criando um quadro clínico que confunde até especialistas.
Um ponto de interseção importante é a doença de Parkinson, distúrbio motor caracterizado por tremor, rigidez, bradicinesia e alterações de postura. Cerca de 50% dos pacientes desenvolvem sintomas de Parkinson antes do aparecimento da demência, e cerca de 80% apresentam algum grau de comprometimento motor ao longo da doença, o que torna o diagnóstico diferencial desafiador.
Essas alucinações visuais não são típicas de outras demências; elas surgem de forma súbita, costumam ser detalhadas e podem ocorrer durante o dia inteiro. Alucinações e flutuações de atenção são, portanto, marcadores diagnósticos essenciais que ajudam a distinguir a demência por corpos de Lewy de outras formas de comprometimento cognitivo.
Para confirmar o diagnóstico, os profissionais recorrem a uma avaliação neuropsicológica completa, que mensura memória, funções executivas e atenção. Exames de imagem, como PET ou SPECT, mostram padrões de redução de metabolismo no córtex occipital, enquanto a análise de líquido cefalorraquidiano pode detectar alfa‑sinucleína anômala. Esse conjunto de testes cria a base para um diagnóstico precoce, que impacta diretamente na escolha do tratamento.
O manejo clínico combina fármacos que controlam sintomas cognitivos e motores. Inibidores de acetilcolinesterase melhoram a atenção e reduzem alucinações, enquanto levodopa pode aliviar a rigidez e tremor sem exacerbar os sintomas psicóticos, se dosada corretamente. Estratégias não farmacológicas — ajustes no ambiente, rotinas estáveis e apoio familiar — também desempenham papel crucial na qualidade de vida.
Famílias e cuidadores precisam de informações claras sobre a progressão da doença. O suporte psicossocial, grupos de apoio e treinamento em manejo de crises alucinatórias ajudam a reduzir o estresse e a evitar internações desnecessárias. Além disso, monitorar a evolução dos sintomas permite ajustes terapêuticos mais precisos ao longo do tempo.
Agora que você já tem uma visão geral da demência por corpos de Lewy, seus laços com a doença de Parkinson, os sinais de alerta e as opções de diagnóstico e tratamento, explore a lista de artigos abaixo. Cada publicação traz detalhes práticos, notícias recentes e dicas que complementam o que foi apresentado aqui, ajudando você a aprofundar o conhecimento ou a encontrar respostas específicas para situações do dia a dia.
Milton Nascimento, 82, tem diagnóstico de demência por corpos de Lewy, confirmado ao Piauí. Filho Augusto relata a luta e a recente viagem nos EUA.
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