Norris vence Sprint em Interlagos e amplia vantagem no campeonato; Piastri acidente e Bortoleto sofre acidente grave

Norris vence Sprint em Interlagos e amplia vantagem no campeonato; Piastri acidente e Bortoleto sofre acidente grave
9 nov, 2025
por Sandro Alves Mentes Transformadas | nov, 9 2025 | Esporte | 0 Comentários

Quando Lando Norris saiu da pole position no Sprint Race do Grande Prêmio de São PauloAutódromo José Carlos Pace (Interlagos) em 8 de novembro de 2025, ninguém imaginava que o dia terminaria com um acidente que mudaria o rumo do campeonato — e outro que quase custou a vida de um piloto brasileiro. Norris, de 25 anos, da McLaren Formula 1 Team, liderou de ponta a ponta na pista molhada de São Paulo, venceu a corrida de 24 voltas e aumentou sua vantagem no campeonato de um para nove pontos sobre seu próprio companheiro de equipe, Oscar Piastri. O que parecia uma corrida controlada virou caos — e o Brasil, como sempre, entregou o espetáculo que só ele sabe dar.

Um começo perfeito, um fim caótico

Norris, que havia conquistado a pole na sexta-feira, manteve a liderança desde a largada, com o italiano Andrea Kimi Antonelli, de 19 anos, da Mercedes-AMG Petronas Formula One Team, e Piastri logo atrás. Mas o caos começou na primeira volta. O britânico Oliver Bearman, da Scuderia Ferrari, perdeu o controle após um leve toque do neozelandês Liam Lawson, da Oracle Red Bull Racing. Bandeiras amarelas caíram, e o pelotão se reorganizou. Ainda assim, ninguém previa o que viria em seguida.

Na volta 6, Piastri, que entrava na corrida com apenas um ponto de desvantagem, perdeu o controle na curva Senna, bateu forte no muro e saiu da corrida. O acidente ativou o Safety Car. “Foi um erro de leitura da pista”, disse um técnico da McLaren ao canal Motorsport.tv. “A água estava se acumulando de forma imprevisível na curva, e ele tentou manter a linha interna — e perdeu a aderência.” O acidente não só tirou Piastri da disputa, mas também deu a Norris uma vantagem insuperável com apenas duas corridas restantes no campeonato.

Verstappen sobe, Bortoleto desce

Enquanto isso, o holandês Max Verstappen, da Oracle Red Bull Racing, surpreendeu ao saltar da oitava para a quinta posição na primeira volta — um movimento que, segundo o comentarista da ESPN Brasil, “mostrou por que ele ainda é o mais perigoso na reta final”. Mas o que realmente chocou os espectadores foi o acidente do brasileiro Gabriel Bortoleto, de 20 anos, que corria em casa pela Stake F1 Team Kick Sauber.

Na última volta, Bortoleto lutava pelo 10º lugar contra o tailandês Alexander Albon, da Williams Racing. Ao passar por uma área suja da pista — onde o resíduo de borracha e a água se misturavam — ele perdeu completamente o controle. Telemetria confirmou que ele estava a 339 km/h quando o carro girou e bateu de lado no muro. O Sauber C44 ficou destruído. Bortoleto saiu do carro sozinho, disse estar bem, mas a imagem do carro esmagado fez todos respirarem fundo. “Nunca vi um impacto tão violento sem lesões graves”, disse o jornalista alemão Tobi Gruner, especialista em F1. “O chassi foi totalmente destruído. Ainda assim, ele está de pé. Isso é milagroso.”

Resultados e consequências

Resultados e consequências

O pódio ficou com Norris em primeiro, Antonelli em segundo e o britânico George Russell, da Mercedes, em terceiro. A vitória de Norris rendeu oito pontos, e sua vantagem no campeonato saltou para nove pontos sobre Piastri. Com apenas duas corridas restantes — em Las Vegas e Abu Dhabi —, o título agora parece mais próximo do que nunca para a McLaren.

A equipe britânica, que passou por um período difícil após o recesso de verão, quando a Red Bull parecia dominar, voltou a mostrar sua força. “A McLaren tem sobrado um pouco”, apontou a reportagem do Motorsport.tv, lembrando que Norris também venceu em Mônaco e México nas últimas corridas. “Eles não estão apenas competindo — estão controlando.”

O que vem a seguir?

A corrida principal do Grande Prêmio de São Paulo está marcada para domingo, 9 de novembro, com a classificação prevista para sábado, às 15h (BRT). Mas há uma sombra sobre o grid: Bortoleto ainda não foi liberado para participar da sessão de qualificação. Seu carro está completamente destruído, e a Sauber precisa montar um novo chassi em menos de 12 horas. “É um desafio técnico quase impossível”, disse um engenheiro da equipe ao site da F1. “Mas Gabriel é jovem, forte, e temos toda a estrutura para tentar.”

Enquanto isso, Verstappen, que terminou em quinto no Sprint, ainda é o grande favorito ao título — mas precisa de uma vitória em Las Vegas e um erro de Norris para manter as chances. “Ele ainda pode virar o jogo”, disse o ex-piloto Rubens Barrichello na TV Globo. “Mas Norris está em um momento de confiança. E quando o piloto está assim, é difícil parar.”

Por que isso importa?

Por que isso importa?

Este Sprint não foi apenas uma corrida. Foi um divisor de águas. A McLaren, que viveu anos de crise, voltou a ser protagonista. A Red Bull, que parecia invencível, mostrou fraquezas. E o Brasil, mais uma vez, provou que é o único lugar do mundo onde a F1 pode virar um drama humano em menos de 90 minutos — com acidentes, esperança, lágrimas e glória. O que aconteceu em Interlagos não se limita aos pontos. É sobre resiliência, sorte e o fato de que, mesmo em um mundo de algoritmos e dados, o esporte ainda é feito de homens, máquinas e um traço de caos que só o asfalto brasileiro sabe criar.

Frequently Asked Questions

Como o acidente de Piastri afetou a disputa pelo título?

O acidente de Oscar Piastri na volta 6 do Sprint eliminou seu principal rival na luta pelo título, aumentando a vantagem de Lando Norris de um para nove pontos. Com apenas duas corridas restantes, Piastri agora precisa vencer ambas e esperar que Norris não complete o pódio em nenhuma delas — algo praticamente impossível. A McLaren, por outro lado, pode até terminar em quarto em Las Vegas e ainda ser campeã.

Por que o acidente de Gabriel Bortoleto gerou tanta preocupação?

Bortoleto estava a 339 km/h quando perdeu o controle em uma área suja da pista, o que gerou um impacto lateral extremo. O chassi do Sauber C44 foi totalmente destruído — um sinal de que os sistemas de segurança funcionaram, mas também que o carro não suportou a força do impacto. Embora ele esteja bem fisicamente, a equipe não tem certeza se conseguirá montar um novo carro a tempo da classificação, o que pode tirá-lo da corrida principal.

Qual foi o impacto da pista molhada na corrida?

A pista molhada de Interlagos criou condições imprevisíveis, com áreas de água acumulada e resíduo de borracha que reduziram drasticamente a aderência. Isso levou a múltiplos acidentes e fez com que até pilotos experientes, como Piastri, cometessem erros. A equipe da FIA já anunciou que revisará as condições de drenagem da pista antes da corrida principal, especialmente na curva Senna, onde o acidente ocorreu.

O que a vitória de Norris significa para a McLaren?

É a primeira vez desde 2012 que a McLaren tem um piloto com chance real de vencer o campeonato. A equipe, que passou por anos de reestruturação e mudanças de tecnologia, finalmente voltou a ser competitiva com um carro equilibrado e uma estratégia precisa. Norris não só lidera o campeonato — ele lidera a equipe de volta ao topo. Se vencer, será o primeiro título da McLaren em 13 anos.

Verstappen ainda tem chances de vencer o campeonato?

Ainda tem, mas é muito difícil. Ele precisa vencer as duas corridas restantes, esperar que Norris não termine entre os três em nenhuma delas, e que Piastri não marque pontos suficientes. Ainda assim, Verstappen é o piloto mais consistente da temporada. Se a Red Bull resolver os problemas de confiabilidade do carro, ele pode surpreender. Mas a pressão agora é toda sobre Norris — e ele parece estar pronto para suportá-la.

Por que Interlagos sempre produz corridas tão caóticas?

Interlagos tem uma combinação única: curvas rápidas, elevações acentuadas, pista estreita e um clima instável. Além disso, o asfalto é antigo e a drenagem é precária, o que cria poças imprevisíveis. Os pilotos dizem que é como correr em uma pista de gelo com buracos. E o público brasileiro? Ele não só torce — ele grita, canta, pula. Essa energia transmite para os pilotos. É por isso que, em Interlagos, até o mais calmo vira louco.